Um mistério de quase 40 anos em Marte acaba de ser resolvido. Cientistas conseguiram reconstruir a formação de duas características inusitadas no polo norte do planeta: uma série de espirais e um abismo maior do que o Grand Canyon.
Na Terra, os mantos são formados principalmente pelo fluxo de gelo, mas em Marte, segundo a nova pesquisa, outras forças têm moldado as calotas. A calota ao norte é uma pilha de gelo e camadas de poeira com até 3 quilômetros de profundidade, que cobre uma área maior do que a do Estado de Minas Gerais.
Ao analisar em computador os dados de radar colhidos pela sonda, os pesquisadores puderam, como se estivessem retirando as camadas de uma cebola, verificar como a cobertura de gelo evoluiu com o tempo.
Uma das partes mais notáveis no polo norte marciano é a Chasma Boreale, uma depressão tão extensa como o Grand Canyon norte-americano, mas mais profundo.
Desde que foi descoberta, em 1972, cientistas estimavam que a depressão teria sido formada a partir do derretimento do fundo do manto de gelo pelo calor vulcânico. Mas o novo estudo indica que tanto a Chasma Boreale como as espirais foram criadas principalmente pela ação de fortes ventos, durante milhões de anos.
Fonte: Agência FAPESP - 27/5/2010
Para saber mais: Fapesp - Revista Nature: parte 1 - parte 2
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Filtro brasileiro permitirá imagens inéditas de galáxias
O telescópio Soar, localizado em Cerro Pachón, no Chile, receberá em julho o Filtro Imageador Sintonizável Brasileiro (BTFI, na sigla em inglês), equipamento cujo desenvolvimento foi coordenado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).
Ao ser acoplado ao telescópio, o instrumento – que custou cerca de US$ 1 milhão e foi financiado pela FAPESP – permitirá imagear os movimentos relativos internos de galáxias distantes. O consórcio Soar (sigla para Searchable Online Accommodation Resource) também conta com apoio financeiro da FAPESP.
“A astronomia brasileira estabeleceu um programa de instrumentação de nível internacional e está finalizando a construção de mais um equipamento. Quisemos apresentar esses resultados ao diretor científico da FAPESP e ao pró-reitor de Pesquisa da USP a fim de destacar a capacidade do Brasil em produzir instrumentação de ponta”, disse João Steiner, professor do IAG e coordenador do INCT de Astrofísica.
Fonte: Agência FAPESP - 19/5/2010
Leia mais
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Atividades para a Olimpíada de Astronomia - 2010
Atendendo a pedidos, segue abaixo o arquivo da apresentação para a Olimpíada de Astronomia de 2010
- Apresentação em PowerPoint: link
- Programa Stellarium: link
Vale ressaltar que, aqui mesmo no blog (veja na coluna à direita) há um minicurso de introdução à Astronomia.
Abraços e boa Olimpíada a todos!
- Apresentação em PowerPoint: link
- Programa Stellarium: link
Vale ressaltar que, aqui mesmo no blog (veja na coluna à direita) há um minicurso de introdução à Astronomia.
Abraços e boa Olimpíada a todos!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Produzindo estrelas
Lançado em maio de 2009 Herschel, o maior telescópio astronômico já posicionado no espaço, da Agência Espacial Europeia (ESA) já revela detalhes até então desconhecidos do processo de formação de uma estrela.
As imagens divulgadas pela agência mostram milhares de galáxias distantes furiosamente produzindo estrelas, com nuvens resultantes do processo que cobrem grande extensão na Via Láctea.
De acordo com a ESA, os resultados da observação desafiam ideias atuais a respeito da formação de estrelas e abrem novos caminhos para futuras pesquisas.
A observação feita pelo Herschel da nuvem de formação de estrelas denominada de RCW 120 revelou uma estrela em estado embrionário que parece destinada a se tornar uma das maiores e mais brilhantes estrelas na Via Láctea nas próximas centenas de milhares de anos, segundo a agência europeia.
Apesar de estar se formando, a estrela já tem de oito a dez vezes a massa do Sol. Em sua volta, há o equivalente a mais de 2 mil massas do Sol na forma de gás e poeira que poderão servir para alimentar a estrela, aumentando exponencialmente a sua massa.
“Essa estrela somente poderá crescer”, disse Annie Zavagno, do Laboratório de Astrofísica de Marselha, na França, um dos autores do estudo. Ela explica que estrelas massivas são raras e vivem pouco e que capturar a imagem de uma delas representa uma oportunidade valiosa para resolver um antigo paradoxo na astronomia.
“De acordo com nossa compreensão atual, não deveria ser possível a formação de estrelas com massa maior do que oito vezes a do Sol”, disse. O motivo é que a luz furiosa emitida por tais estrelas gigantescas deveria explodir suas nuvens de nascimento antes que mais massa pudesse ser acumulada.
Mas, de algum modo, isso ocorre. Muitas dessas estrelas “improváveis” são conhecidas, algumas contendo até 150 vezes a massa do Sol. Mas, agora que o Herschel observou uma pouco depois de seu nascimento, os cientistas podem usar os dados obtidos para investigar como isso desafia suas teorias.
Fonte: Agência FAPESP
Mais informações: www.esa.int/SPECIALS/Herschel/index.html
As imagens divulgadas pela agência mostram milhares de galáxias distantes furiosamente produzindo estrelas, com nuvens resultantes do processo que cobrem grande extensão na Via Láctea.
De acordo com a ESA, os resultados da observação desafiam ideias atuais a respeito da formação de estrelas e abrem novos caminhos para futuras pesquisas.
A observação feita pelo Herschel da nuvem de formação de estrelas denominada de RCW 120 revelou uma estrela em estado embrionário que parece destinada a se tornar uma das maiores e mais brilhantes estrelas na Via Láctea nas próximas centenas de milhares de anos, segundo a agência europeia.
Apesar de estar se formando, a estrela já tem de oito a dez vezes a massa do Sol. Em sua volta, há o equivalente a mais de 2 mil massas do Sol na forma de gás e poeira que poderão servir para alimentar a estrela, aumentando exponencialmente a sua massa.
“Essa estrela somente poderá crescer”, disse Annie Zavagno, do Laboratório de Astrofísica de Marselha, na França, um dos autores do estudo. Ela explica que estrelas massivas são raras e vivem pouco e que capturar a imagem de uma delas representa uma oportunidade valiosa para resolver um antigo paradoxo na astronomia.
“De acordo com nossa compreensão atual, não deveria ser possível a formação de estrelas com massa maior do que oito vezes a do Sol”, disse. O motivo é que a luz furiosa emitida por tais estrelas gigantescas deveria explodir suas nuvens de nascimento antes que mais massa pudesse ser acumulada.
Mas, de algum modo, isso ocorre. Muitas dessas estrelas “improváveis” são conhecidas, algumas contendo até 150 vezes a massa do Sol. Mas, agora que o Herschel observou uma pouco depois de seu nascimento, os cientistas podem usar os dados obtidos para investigar como isso desafia suas teorias.
Fonte: Agência FAPESP
Mais informações: www.esa.int/SPECIALS/Herschel/index.html
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