domingo, 7 de março de 2010

Mini Curso de Astronomia - Parte 1



A MECÂNICA DO SISTEMA SOLAR







     



A Astronomia divide-se básicamente em duas linhas de estudo: a Astrofísica e a Astrometria e Dinâmica Celeste.



Na Astrofísica procuramos identificar o tipo de radiação e buscamos quantificá-la para caracterizar os objetos em função de suas condições físicas. Por outro lado, na Astrometria e Dinâmica Celeste procura-se conhecer a posição e o movimento dos objetos avaliando a direção de onde provém a radiação.


Iniciaremos este pequeno curso com o estudo das leis que regem a mecânica do sistema solar, apresentando inicialmente a evolução dos conceitos a respeito da estrutura do nosso sistema planetário.
















     Alguns conceitos básicos da astronomia surgiram na antigüidade, a partir da simples observação das mudanças na posição dos corpos celestes. Ao olharmos para o céu, notamos que ele se apresenta na forma de um hemisfério, como se nos situássemos no centro da esfera correspondente. Esta é a chamada visão egocêntrica do céu, que em astronomia é conhecida como Observação Topocêntrica.









     O intervalo de tempo conhecido como Dia Claro é estabelecido pelo Movimento Diurno Aparente do Sol, que nasce do lado chamado nascente ou oriente, move-se pela Abóbada Celeste e finalmente se põe do outro lado, chamado poente ou ocidente. O período chamado Noite é definido pelo Movimento Noturno Aparente, desde o instante em que o Sol se põe até que volte a nascer novamente. Verificados esses dois movimentos, convencionou-se chamar-se de Movimento Diário Aparente o movimento que os astros parecem realizar no céu no período de cerca de um dia.
     Durante milênios, observações feitas noite após noite mostraram que a posição das estrelas parece não mudar, sendo então consideradas fixas, umas com relação às outras. Esta aparente imobilidade das estrelas fez com que elas fossem, para efeito de reconhecimento do céu, associadas em grupos puramente subjetivos chamados Constelações. Hoje em dia são catalogadas 88 constelações.



     Todas as constelações são formadas por estrelas. Muitos ainda hoje em dia confundem planetas com estrelas no céu.
     A principal diferença entre estrela e planeta é que na estrela ocorrem reações de fusão nuclear que geram energia e fazem com que ela brilhe, já o planeta apenas brilha por um efeito de reflexão da luz que ele recebe. Na antigüidade, a distinção entre planeta e estrela dependia do que se observava e logo descobriu-se uma importante diferença: as estrelas parecem fixas nas constelações, enquanto que os planetas (palavra de origem grega significando "errante") se movem "entre" as estrelas fixas. Foi assim que os antigos conseguiram reconhecer os 5 planetas visíveis a olho nu: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.


     Para melhor entender os Modelos propostos antigamente, que buscavam descrever a estrutura do Sistema Solar, vamos abordar alguns dos conceitos estabelecidos com base nas observações do Sol, da Lua e dos Planetas, feitas a partir da Terra (observações geocêntricas): o movimento diurno se dá na direção oeste, com relação ao horizonte. Porém, com relação às estrelas, o Sol tem um movimento aparente na direção leste, durante o período de um ano. Essa trajetória aparente do Sol (entre as estrelas) tem o nome de Eclíptica. As doze constelações por ela atravessadas formam o zodíaco. Os Planetas e a Lua assim como o Sol, movem-se com relação às estrelas no interior da faixa do Zodíaco.





2 comentários:

gt40 disse...

ola prof. sou muito curioso com relação a astronomia, sempre que o céu noturno esta estrelado, principalmente quando estou em lugares com pouca iluminaçao artificial, fico admirando as estrelas, mas sempre tive curiosidade de saber sncontrar os planetas, que seriam visiveis a olho nu. em uma oportunidade estava com com um telescopio e consegui observar venus, acho que estava em fase crescente, mas nunca encontrei os outros, em relação a venus para onde olhar e tentar ve-los? obrigado pela atenção desde ja.

Prof. Marcus Gusman disse...

Olá gt40,

que bom que goste de observar o céu. Infelizmente hoje em dia nem sempre isso é possível devido à grande poluição luminosa gerada pelas grandes cidades.
Para quem tem dificuldades de localizar os planetas no céu, o ideal é iniciar a observação à olho nu, fazendo uso de um mapa celeste ou até mesmo de programas que nos mostram o céu noturno. Um programa muito bom e muito fácil de usar é o Stellarium, que você encontra facilmente para fazer download. Uma vez instalado, basta localizar a sua cidade e ele lhe mostrará o céu na hora desejada e, assim, conseguirá saber onde cada planeta e cada constelação se encontram no céu.
Tome sempre uma constelação conhecida e de fácil localização como referência, como Órion (três marias), o Cruzeiro do Sul, ou A constelação de escorpião. Daí fica fácil localizar visualmente o resto.
para achar com telescópios, o ideal é primeiro, para quem não tem prática, utilizar um binóculo. Depois passar para o telescópio.

Qualquer dúvida deixe novos comentários.

Abraços e boas observações.