Com participação de pesquisadores brasileiros do Instituto de Física da USP, as primeiras análises da partícula de Deus mostram que elas não estão se comportando da maneira revista pelo Modelo Padrão, teoria que previu a sua existência.
Anunciada a sua comprovação no mês passado, os Bósons de Higgs são importantes por explicar, por exemplo, como o Sol pode produzir a sua energia e como há tanta matéria no universo. É devido à sua grande importância que esse bóson foi apelidado de "Partícula de Deus".
Através da grande quantidade de colisões e dados coletados pelo LHC (Large Hadron Collider) foi possível comprovar a existência do bóson, mas compreender as suas características ainda exige mais estudo.
"Estamos ainda num estágio inicial da exploração das propriedades da dela", diz Éboli (pesquisador da USP). "Contudo, há uma indicação de que o Higgs decaia mais em dois fótons [partículas de luz] do que seria esperado no Modelo Padrão."
Mas ao contrário do que muitos podem pensar, a notícia não desanima os pesquisadores, muito pelo contrário. Ela mostra que o Modelo Padrão não é o ponto final.
"Se de fato for confirmado que o Higgs está decaindo mais que o esperado em dois fótons, isso pode significar que novas partículas podem estar dentro do alcance de descoberta do LHC" afirma Éboli.
Quer saber mais?
Leia o artigo publicado na Folha por Salvador Nogueira
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