Pode parecer estranho, mas um grupo de pesquisadores conseguiu, utilizando laser, resfriar um nano objeto.
O objetivo, alcançado com êxito, era obter o menor estado energético possível, chamado de energia de ponto zero.
O estudo abre caminho para a existência de detectores de força e massa extremamente sensíveis.
O objetivo, alcançado com êxito, era obter o menor estado energético possível, chamado de energia de ponto zero.
O estudo abre caminho para a existência de detectores de força e massa extremamente sensíveis.
“Usamos um recurso óptico, o laser, para resfriar um sistema mecânico marcroscópico sólido ao estado de mais baixa energia possível - o que é um sonho dos cientistas há quase uma década. Isso só havia sido feito com poucos átomos ou íons, mas conseguimos fazê-lo com um sistema composto por bilhões de átomos. O estudo abre caminho para realizar experimentos quânticos em sistemas macroscópicos, como, por exemplo, o emaranhamento quântico entre luz e movimento mecânico”, comenta Thiago Alegre, pesquisador da Unicamp que teve colaboração na experiência.
No experimentos, os cientistas construíram uma cavidade ótica nanométrica (560 nanômetros de largura e 15 mícrons de comprimento), feita de silício.
“Essa geometria forma uma cavidade óptica onde apenas uma frequência – ou cor – de um laser pode ser confinada. O sistema tem a capacidade de servir como oscilador mecânico, podendo também aprisionar fônons – as partículas associadas com oscilações mecânicas, assim como os fótons estão associados com as oscilações eletromagnéticas, ou luz. A luz que atravessa essa cavidade, carregando informação sobre a amplitude de oscilação do sistema, ou número de fônons, pode ser associada à temperatura desse modo de oscilação”, explicou Alegre.
Assim, escolhendo corretamente a frequência, pode-se extrair energia das cavidades, resfriando-se o material.
O trabalho foi publicado na Nature, em 06/10, e conta com a colaboração de pesquisadores brasileiros.
Fonte: Revista FAPESP
http://agencia.fapesp.br/14592
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