domingo, 2 de dezembro de 2012

Mudança nos vídeos dos trabalhos dos Segundos anos

Devido a problemas em um vídeo do youtube, tive que mudá-lo. Ele se referente ao trabalho de recuperação do 2° bimestre, apenas dos Segundos Anos do Ensino Médio.

O novo vídeo será




- 2° Bimestre: http://www.youtube.com/watch?v=uBcQyZ_4yI0


sábado, 10 de novembro de 2012

Será o fim do mistério sobre a natureza da luz? Onda ou partícula?

Resolvido mistério sobre dualidade onda/partícula
Este foi o equipamento usado pela equipe da Universidade de Bristol
em sua demonstração da dualidade partícula/onda. [Imagem: Fernando Traquino]
fonte: Inovação Tecnológica
A dualidade onda-partícula da luz vem intrigando muitos cientistas desde que Einstein demonstrou o Efeito Fotoelétrico e a Mecânica Quântica passou a considerar a luz também como partícula. Antes, de Newton a Maxell, a luz sempre foi considerada uma onda.

Essa dualidade sempre gerou inquietação em alguns pesquisadores que buscam descobrir a verdadeira natureza da luz.

Agora dois grupos de físicos conseguiram, por meio de experimentos que fazem o uso de interferômetros, mostrar que o fóton se comporta como onda e partícula ao mesmo tempo. Ou seja, as esquisitices quânticas continuam!

Ficou intrigado ou interessado? Veja a reportagem completa sobre o experimento.

Resolvido mistério sobre natureza fundamental da luz - Inovação Tecnológica

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O tão discutido 5° Conceito


     Todo ano a discussão se repete. Alunos chegam e falam: 

"Professor, eu fiquei com 2 esse bimestre, mas eu já tenho 20 pontos, já fechei né!"

     E começa novamente a discussão! (no bom sentido, ressalvo.)

     Embora muitos professores ainda adotem essa prática, no estado de São Paulo não existe "soma de 20 pontos. Olhemos a legislação vigente, que sofreu modificações em 2007, mas que não alterou o 5° conceito:

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Resolução SE Nº 30, DE 10/05/2007 - DOE 11/05/2007 - Avaliação 
Dispõe sobre registro do rendimento escolar dos alunos das escolas públicas da Rede Estadual 
Resolução SE - 30, de 10-5-2007
Dispõe sobre registro do rendimento escolar dos alunos das escolas públicas da Rede Estadual
A Secretária de Estado da Educação, considerando:
  • a implantação gradativa pela Secretaria de Estado da Educação do Sistema de Avaliação e Freqüência que, além de registrar o rendimento e a freqüência do aluno por componente curricular, se constitui em ferramenta para a informatização das rotinas escolares: escrituração, histórico do aluno, transferência, atestado, certificado entre outros documentos, inclusive proporcionando consulta, via internet, do Boletim do Aluno; 
  • o avanço das tecnologias de informação e comunicação que tornam imprescindível a modernização das rotinas administrativas nos registros de vida escolar, facilitando a organização da secretaria da escola;
  • que registros efetuados em sistemas informatizados possibilitam procedimentos unificados que asseguraram melhor e adequado monitoramento dos dados lançados;
  • os resultados obtidos pela consulta realizada pela Secretaria, junto às escolas da rede estadual, apontando que mais de 55% das unidades envolvidas optaram pela escala por esta resolução adotada, como a alternativa de registro de desempenho escolar dos alunos nas avaliações bimestrais e finais;
Resolve:
  • Art. 1º - a partir de 2007, nas escolas da rede estadual, as sínteses bimestrais e finais dos resultados da avaliação do aproveitamento do aluno, em cada componente curricular, serão expressas em escala numérica de notas em números inteiros de 0 (zero) a 10 (dez), com arredondamento para o número inteiro imediatamente superior.
  • Parágrafo único - As sínteses bimestrais e finais devem decorrer da avaliação do desempenho escolar do aluno, realizada por diferentes instrumentos de avaliação e de forma contínua e sistemática, ao longo do bimestre ou do ano letivo.
  • Art. 2º - ao final do ano letivo, o professor deverá emitir, simultaneamente, a nota relativa ao último bimestre e a nota que expressará a avaliação final, ou seja, aquela que melhor reflete o progresso alcançado pelo aluno ao longo do ano letivo, por componente curricular, conforme a escala numérica citada no artigo anterior.
  • Art. 3º - Será considerado como patamar indicativo de desempenho escolar satisfatório a nota igual ou superior a cinco.
  • Art. 4º - a escola deverá assegurar que os resultados bimestrais e finais sejam sistematicamente documentados, registrados no Boletim Escolar, contendo as notas e freqüência e entregues aos respectivos alunos ou, quando menores, aos pais ou responsáveis.
  • Art. 5º - Os resultados de rendimento dos alunos, do 1º bimestre de 2007, que não estiveram em conformidade com o artigo 1º da presente resolução, deverão ser transformados em seus equivalentes numéricos.
  • Art. 6º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
_____________________________________________________________________________________________ 

     Vamos Analisar agora a legislação:

     "... o professor deverá emitir... a nota que expressará a avaliação final, ou seja, aquela que melhor reflete o progresso alcançado pelo aluno ao longo do ano letivo..."

   O 5° conceito é uma nota emitida pelo professor, a nota que ele acredita que, baseado em todo o empenho e aprendizagem, representa o aprendizado do aluno. Não existe média no 5° conceito por um motivo muito simples, se a nota final fosse simplesmente uma média, porque o professor precisaria entregá-la? A própria secretaria iria fazê-la por meios automáticos.

   Para deixar ainda mais claro a "criação" do 5° conceito, dou-lhes um exemplo que era corriqueiro:

Um aluno fica com 9 no primeiro bimestre, 10 no segundo e simplesmente deixa de levar o ensino a sério, ficando com 1 no terceiro e 1 no quarto. Se somarmos as notas desse aluno, ele alcançou 21 pontos. Ele possui conhecimento suficiente para prosseguir e acompanhar o ano seguinte?  Sendo que metade do conteúdo ele não aprendeu?

   É, foi exatamente por isso que foi criado o 5° conceito. Já era hora de acabar com essa história de que apenas dois bimestres poderiam definir se um aluno seria aprovado ou não.

   Para resumir e encerrar, cabe ao professor emitir esse 5° conceito. Ele pode aprovar, em sua matéria obviamente, alunos que não tenham atingido os discutidos 20 pontos, e pode reprovar alunos que tenham mias de 20 pontos somados em todos os bimestres.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Astrônomo brasileiro descobre aglomerado de estrelas nos confins da galáxia

Astrônomos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) identificaram um novo satélite (agrupamento coeso de estrelas que orbita um corpo muito maior) na nossa galáxia. O estudo, que aguarda publicação no Astrophysical Journal, relata o descobrimento de um aglomerado de cerca de 200 estrelas literalmente nos confins da Via Láctea, mais precisamente na região conhecida por halo estelar, a 108.000 anos-luz do Sol. É a primeira vez, dizem os pesquisadores da universidade, que brasileiros encontram um satélite tão longe no halo estelar.
 
 
O objeto recebeu o nome de Balbinot 1, mesmo nome de seu descobridor, o doutorando do Instituto de Física da UFRGS Eduardo Balbinot.

Quer saber mais?

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Guia do Mochileiro das Galáxias

   No começo deste bimestre eu passei para os alunos, com o objetivo de contextualizar o início das Astronomia dentro do cronograma das aulas de Física, o filme O Guia do Mochileiro das Galáxias, inspirado no livro do escritor Douglas Adams de mesmo título.
   Por ser este filme um pouco longo, quase 2 horas, passar em sala de aula é deveras desgastante e, com isso, muitos alunos não conseguem prestar a atenção devida.

   Para minimizar este problema e também para contemplar aqueles que não viram o filme ou que não pegaram todas as suas partes, estou postando-o abaixo por um curto tempo, apenas para fins didáticos.


Parte 1

Parte 2



Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6


Parte 7



sexta-feira, 12 de outubro de 2012


   Os ganhadores do Prêmio Nobel de Física de 2012 foram o francês Serge Haroche e ao americano David J. Wineland, ambos de 68 anos, por seus trabalhos com "inovadores métodos experimentais que permitem medição e manipulação de sistemas quânticos individuais".
   Através de suas pesquisas eles desenvolveram um método de se obter medidas de partículas quânticas sem destruí-las, o que antes era impossível.
Serge Haroche (direita) e David J. Wineland (Foto: Colllège de France e NIST/Divulgação)
Serge Haroche (esquerda) e David J. Wineland (Foto: Colllège de France e NIST/Divulgação)

   Através de seus métodos de laboratório, Haroche e Wineland, juntamente com seus grupos de pesquisa, conseguiram medir e controlar estados quânticos muito frágeis, antes inacessíveis para observação direta. 

Quer saber mais?

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Astrônomos descobrem a galáxia mais velha do Universo



   O Astrônomo Wei Zheng, do departamento de Física e Astronomia da Universidade americana Johns Hopkins, e sua equipe descobriram, com a ajuda do telescópio espacial Hubble, a mais velha galáxia até agora detectada, formada a apenas 500 milhões de anos após o Big Bang.
   As imagens mais antigas que temos do Universo remontam à sua criação e são dadas pela chamada radiação de fundo, uma espécie de ruído causado pela explosão do Big Bang. Esse ruído ocorreu a 400 mil anos após a grande explosão. Com o auxílio do Hubble e sua câmera infravemelha instalada em 2009, os astrônomos vêm conseguindo detectar mais de uma centena de galáxias de épocas entre 650 e 850 milhões de anos.
   Os astrônomos acreditam que ainda irão identificar mais galáxias tão velhas quanto essa, com apenas 500 milhões de anos. A dificuldade nessa identificação é devido ao sinal dessas galáxias serem extremamente tênues.

Fonte: Terra

domingo, 9 de setembro de 2012

Astrônomos Japoneses descobrem nuvem em espiral

A nuvem com formato espiral foi descoberta por astrônomos japoneses. Foto: Keio University/National Astronomical Observatory of Japan/Divulgação
A nuvem com formato espiral foi descoberta por astrônomos japoneses
Foto: Keio University/National Astronomical Observatory of Japan/Divulgação

   Descoberta por astrônomos japoneses, a nuvem em espiral encontra-se no centro da Via Láctea, e possui  um volume centenas de milhares de vezes maior que o do Sol, estando distante da Terra cerca de 30 mil anos luz. Devido a sua forma a nuvem recebeu o nome peculiar de "rabo de porco".
   Segundo o pesquisador Tomoharu Oka, da Universidade de Keio, em Tóquio, o raro fenômeno deve ter se originado da colisão de duas nuvens moleculares gigantescas. Uma nuvem molecular é formada por gás e poeira na forma molecular e são essas nuvens que acabam por formar novas estrelas. Até hoje somente duas nuvens em formato espirais tinham sido identificadas, mostrando a raridade do fenômeno.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Prós e contras a instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte


     A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é sempre um assunto instigante nas aulas. O estudo físico do uso, construção, operação e impactos ambientais das usinas hidrelétrica nos mostra que, muito ao contrário do que dizem os interessados, as hidrelétricas são altamente poluidoras. O grande problema é que construções faraônicas satisfazem as grandes construtoras que, infelizmente, tem grande poder político em nosso país.

     Mas obviamente existem algumas vantagens na construção de Belo Monte, mesmo que elas sejam, a meu ver, bem poucas.

     Conhecer tudo o que está por trás desta usina, seus pontos positivos e seus pontos negativos é um dever de todo brasileiro e em muito contribui para a nossa formação.

     Você acha que Belo Monte será boa para o Brasil? Há ou não vantagens reais em sua construção? Ela é realmente necessária? Antes de ficar aí pensando e tentando responder a estas perguntas, informe-se. Leia os textos de referência abaixo e tire suas próprias conclusões.


sábado, 11 de agosto de 2012

Os Bósons brincalhões Higgs


   Os estudos preliminares com os recém descobertos Bóson de Higgs indicam que estas partículas não são "bem comportadas" como prediz a teoria a que lhe diz respeito, o chamado Modelo Padrão.

   Com participação de pesquisadores brasileiros do Instituto de Física da USP, as primeiras análises da partícula de Deus mostram que elas não estão se comportando da maneira revista pelo Modelo Padrão, teoria que previu a sua existência.

   Anunciada a sua comprovação no mês passado, os Bósons de Higgs são importantes por explicar, por exemplo, como o Sol pode produzir a sua energia e como há tanta matéria no universo. É devido à sua grande importância que esse bóson foi apelidado de "Partícula de Deus".

   Através da grande quantidade de colisões e dados coletados pelo LHC (Large Hadron Collider) foi possível comprovar a existência do bóson, mas compreender as suas características ainda exige mais estudo.

"Estamos ainda num estágio inicial da exploração das propriedades da dela", diz Éboli (pesquisador da USP). "Contudo, há uma indicação de que o Higgs decaia mais em dois fótons [partículas de luz] do que seria esperado no Modelo Padrão."

   Mas ao contrário do que muitos podem pensar, a notícia não desanima os pesquisadores, muito pelo contrário. Ela mostra que o Modelo Padrão não é o ponto final.

"Se de fato for confirmado que o Higgs está decaindo mais que o esperado em dois fótons, isso pode significar que novas partículas podem estar dentro do alcance de descoberta do LHC" afirma Éboli.


Quer saber mais?
Leia o artigo publicado na Folha por Salvador Nogueira



terça-feira, 24 de julho de 2012

O Fim do Universo


No fim, nem os átomos vão resistir, aponta pesquisa. Foto: Nasa/ Divulgação   No ano passado o Noel de Física foi dado para os pesquisadores que descobriram que o Universo ainda está em expansão. Mas até quando esta expansão continuará? O que irá acontecer depois que ela parar? Como tudo irá acabar?
   É exatamente estas respostas que um grupo de físicos chineses se empenhou e, no último domingo, lançaram uma análise sobre a data para o fim do Universo.   Segundo os pesquisadores isto irá ocorrer daqui a 16,7 bilhões de anos em um evento chamado Big Rip (grande ruptura em português).

   De acordo com o a Teoria do Big Rip, com o tempo, a força de repulsão devido à matéria escura irá, aos poucos, superar as demais forças de atração, como a da gravidade. Isso irá fazer com que as estrelas e planetas se afastem. Segundo o grupo de cientistas chineses, a Via Láctea irá se "quebrar" em 32,9 milhões de anos. Dois meses antes a Terra se desvincularia do Sol e cinco dias antes a Lua nos deixaria. 28 minutos antes de tudo acabar o Sol deixaria de existir e, com apenas 16 minutos antes do final do Big Rip, a Terra explodiria.

   Mas não se preocupe, não vamos estar aqui para observar!!!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

LHC anuncia fortes evidências de ter encontrado os Bósons de Higgs

   Como mencionei na postagem de terça-feira, ontem o LHC oficialmente anunciou que podem ter encontrado o  tão procurado Bóson de Higgs.

   Procurado a mais de meio século, é a última e única partícula que não foi descoberta do chamado "Modelo Padrão". O Bóson é uma partícula hipotética que foi postulada pelo físico britânico Peter Higgs. Posteriormente, foi usada por Steven Weinberg em uma teoria para descrever e explicar a formação do Universo, através de partículas elementares, o chamado Modelo Padrão.

   Ontem os cientistas do LHC anunciaram a descoberta de uma nova partícula, com massa em torno de 126 GeV, e que estas partículas poderiam ser os tão esperados Bósons de Higgs.

“Observamos sinais claros de uma nova partícula, ao nível de 5 Sigma (probabilidade do resultado da medida ser verdadeira), na região de massa em torno de 126 GeV. Um pouco mais de tempo será necessário para finalizarmos estes resultados e ainda mais dados e estudos serão necessários para determinar as propriedades da nova partícula”, disse Fabiola Gianotti, porta-voz do experimento Atlas."

   5 Sigma equivalem a 99,9% de probabilidade, o que descarta a possibilidade de que esta nova partícula encontrada seja apenas um desvio estatístico.
   Mas os cientistas são cautelosos em afirmar que mais dados precisam ser obtidos e analisados antes de afirmar que os Bósons foram realente comprovados. Eles esperam fazer isso no decorrer deste e do próximo ano.

Quer sabe mais? Leia

terça-feira, 3 de julho de 2012

Terá fim a busca aos bósons de Higgs?



   Entre as notícias mais comentadas hoje, certamente a com maior impacto é a de que um grupo de Físicos dos Estados Unidos reportaram, nesta segunda-feira, a descoberta da partícula de Deus, os bósons de Higgs.

   A busca por estas partículas, prevista no chamado Modelo Padrão e a única não comprovada ainda é grande pois elas seriam as partículas responsáveis por "dar massa" às demais partículas do modelo.

   O anúncio veio do Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory é um laboratório localizado nos arredores de Chicago, no estado de Illinois). Segundo Rob Roser (porta voz do Fermilab), os resultados serão anunciados nesta quarta-feira.

  Fontes: veja.com e Terra Brasil  

sábado, 9 de junho de 2012

Fim do empasse - Neutrino não viajam acima da velocidade da luz


   Acabando de uma vez com o empasse sobre a possibilidade dos neutrinos viajarem acima da velocidade da luz, cientistas do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) fizeram um pronunciamento na sexta-feira (08 de junho) confirmando que os dados que antes tinham mostrado os neutrino em velocidade acima da luz trataram realmente de um erro de leitura, devido a defeitos em aparelhos de medida.


   Para verificar a possibilidade de uma quebra na Teoria da Relatividade de Einsteins que teria sido detectada em setembro de 2011, onde um experimento no próprio CERN teria medido neutrino viajando acima da velocidade da luz, os cientistas montaram 4 novos experimentos. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira.

   Nos quatro experimentos realizados os neutrino viajaram abaixo do limite da velocidade da luz, o que comprova que a Teoria de Einstein é correta sendo então a velocidade da luz o limite para a velocidade cósmica.

domingo, 22 de abril de 2012

Alegoria da Caverna


   

   Estava hoje aqui no computador quando um amigo me perguntou se eu já conhecia a história da Alegoria da Caverna, também chamado de Mito da Caverna. Como não conhecia, ele me passou um dos vários links que falam sobre ele. Depois de lê-o resolvi postar aqui para o conhecimento daqueles que seguem meu blog pois é de um profundo conhecimento e, descreve-nos de uma forma esplêndida.

   Apresento-lhes então o Mito ou Alegoria da Caverna




   Escrito pelo filósofo grego Platão no livro VII da obra intitulada "A República" o Mito da Caverna é uma alusão à nossa condição de escuridão mediante o mundo a nossa volta, mostrando-nos que a busca pelo conhecimento passa antes pela aceitação de nossa deficiência.

   Na história, Sócrates narra o mito ao jovem Glauco, para mostrar-lhe como podemos adquirir o verdadeiro conhecimento.



     "Imaginemos, diz Sócrates, uma caverna subterrânea separada do mundo externo por um alto muro. Entre este e o chão da caverna há uma fresta por onde passa alguma luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa.
     Desde seu nascimento, geração após geração, seres humanos ali estão acorrentados, sem poder mover a cabeça na direção da entrada, nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do Sol, sem jamais ter efetivamente visto uns aos outros, pois não podem mover a cabeça nem o corpo, e sem se ver a si mesmos porque estão no escuro e imobilizados. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna.
     Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres, animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam."

     Nesse ponto, Glauco diz a Sócrates que o quadro descrito por ele lhe parece algo estranho, incomum e inusitado. Sócrates, porém, diz-lhe que os prisioneiros "são semelhantes a nós". E prossegue. 


     "Os prisioneiros se comunicam, dando nomes às coisas que julgam ver (sem vêlas realmente, pois estão na obscuridade) e imaginam que o que escutam, e que não sabem que são sons vindos de fora, são as vozes das próprias sombras e não vozes dos seres reais. Qual é, pois, a situação dessas pessoas aprisionadas?
     Tomam sombras por realidade, tanto as sombras das coisas e dos homens exteriores como as sombras dos artefatos fabricados por eles. Essa confusão, porém, não tem como causa a natureza dos prisioneiros e sim as condições adversas em que se encontram."


     Por isso Sócrates indaga: "que aconteceria se fossem libertados dessa condição de miséria e, retornando à sua natureza, pudessem ver as coisas e ser curados de sua ignorância?".
     Essa pergunta é um tanto grave. De fato, para os prisioneiros, o único mundo real é a caverna, portanto, a obscuridade na qual não podem se ver nem ver os outros não é percebida como tal e sim experimentada como realidade verdadeira. E a caverna é para eles todo o mundo real, pois não sabem que o que vêem na parede do fundo são sombras de um outro mundo, exterior à caverna, uma vez que não podem virar a cabeça para ver que há algo lá fora e que é de lá de fora que outros homens lhes enviam imagens e sons.
Ora, se para os prisioneiros o mundo real é a caverna, como poderiam sair da ilusão se não sabem que vivem nela?
     Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando as durezas de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não estão acostumados. Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a ação da luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna. Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento. Incredulidade porque está obrigado a decidir onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em que sempre viveu. Deslumbramento (literalmente: ferido pela luz) porque seus olhos não conseguem ver com nitidez as coisas iluminadas. Seu primeiro impulso é retornar à caverna para livrar-se da dor e do espanto.
     Embora esteja reconquistando sua verdadeira natureza, o sofrimento que essa reconquista lhe traz é tão grande que se sente atraído pela escuridão, que lhe parece mais acolhedora. Além disso, precisa aprender a ver e esse aprendizado é doloroso, fazendo-o desejar a caverna, onde tudo lhe é familiar e conhecido.
     O prisioneiro libertado sofre e se lamenta de dores no corpo; a luz do Sol o cega; ele se sente arrancado, puxado para fora por uma força incompreensível.
     Sentindo-se sem disposição para regressar à caverna por causa da rudeza do caminho, o prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos, habitua-se à luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Doravante, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as suas forças para jamais regressar a ela. No entanto, não pode evitar lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
     Assim como a subida foi penosa, porque o caminho era ingrato e a luz, ofuscante, também o retorno será penoso, pois será preciso habituar-se novamente às trevas, o que é muito mais difícil do que se habituar à luz. De volta à caverna, o prisioneiro fica cego novamente, mas, agora, por ausência de luz. Ali dentro, é desajeitado, inábil, não sabe mover-se entre as sombras nem falar de modo compreensível para os outros, não sendo acreditado por eles. Torna-se objeto de zombaria e riso, e correrá o risco de ser morto pelos que jamais se disporão a abandonar a caverna."


      Impossível aqui não identificar a figura de Sócrates e de tantos outros que se aventuram em busca de conhecimentos e que tentam, em sua volta mostrar aos outros as quebras de barreiras e de conceitos extirpados mas, quando retorna, é morto pelos homens das sombras.


     A caverna, explica Sócrates a Glauco, é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do bem e das ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis, que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras, criadas por artefatos fabricados de ilusões. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética (aqui eu mudaria para o conhecimento). O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo (quem busca o conhecimento). A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a sair dela é o diálogo filosófico (o ensinar), e as maneiras desajeitadas e insólitas do filósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem se mover com engenho no interior das aparências e ilusões.


     Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para libertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação.
     Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capacidade para ver.







     Um, dos exemplos mais atuais da interpretação do Mito da Caverna foi o roteiro do filme Matrix. José Saramago também fez uso do mito em sua obra A Caverna.


Fonte: Wikipéida - Mito da Caverna 
Para saber mais
   - CHAUÍ, MarilenaConvite à Filosofia. São Paulo, Editora Ática, 2003;
   -  SPINELLI, Miguel. Questões Fundamentais da Filosofia Grega. São Paulo. Loyola, 2006.

sábado, 21 de abril de 2012

Explosões Solares

    Esta semana a Agência Espacial Norte Americana, a NASA, divulgou imagens e vídeo de uma grande explosão solar. Embora não tenha sido a maior do ano, as imagens são impressionantes.



Fonte: BBC - http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/04/120418_sol_rp.shtml

domingo, 8 de abril de 2012

Novo recorde de energia no LHC

Nesta madrugada de quarta para quinta os cientistas do Large Hadron Collier (LHC) declararam que atingiram a energia de 4TeV para os feixes de elétrons, isto significa que a próxima colisão se dará a uma energia de 8 TeV.



     Para se ter uma ideia, na fissão de um átomo de urânio (U-235) é liberado 200 MeV, ou seja 0,2 TeV. Deste modo, as colisões do LHC passam a se dar em ma energia 40 vezes maior que a energia da fissão de um átomo de U-235.

     A intenção é de que o LHC possa, em 2014, ser preparado para atingir a energia de 13 TeV.

     Mas porque aumentar a energia das colisões? A ideia é simples. Imagine duas pedras chocando-se frontalmente. Quanto maior a  velocidade do choque, em mais pedaços as pedras irão se quebrar. Como a energia depende da velocidade, aumentar a velocidade significa aumentar a energia.
     Com os elétron a ideia é a mesma. Quanto maior a energia de colisão, maior serão as chances de se obter mais sub-partículas na colisão e, assim, encontrar partículas até hoje não encontradas, como os Bósons de Higgs.

Leia mais:

Fonte - LHC bate novo recorde de energia 

sábado, 17 de março de 2012

Neutrinos não são mais rápidos que a luz


     Cientistas do  Gran Sasso Laboratory realizaram  um experimento chamado ICARUS para verificar a possibilidade dos neutrinos, como havia sido informado pelo  Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN, na sigla em francês), terem viajado acima da velecidade da luz.


     Carlo Rubbia, vencedor de um prêmio Nobel e porta-voz do projeto ICARUS, comentou que segundo as medidas do ICARUS, a velocidade dos neutrinos não supera a da luz.
     Os próprios cientistas do CERN já haviam informado que a equipe OPERA havia verificado uma conexão a cabo e um instrumento de tempo chamado de oscilador, que podia ter distorcido as medidas do tempo de viagem dos neutrinos. Para Rubbia, provavelmente tenha sido isto mesmo que tenha ocorrido e que levou os cientistas do CERN a obterem um valor errado para a velocidade dos neutrinos, aparentemente viajando acima da velocidade da luz.

     De qualquer forma, Rubbia comentou que mais medidas estão sendo feitas para que se possa chegar a uma conclusão final.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Física na vida moderna

   Todo ano é sempre a mesma história. Começam novas turmas e sempre um ou outro aluno nos pergunta: mas pra que eu devo estudar Física?
   Parece inacreditável que nos dias de hoje ainda encontramos pessoas que não percebem que sem o estudo de ciências em geral, a sociedade não evolui.
   Navegando pela net hoje me deparei com um artigo escrito pelo Prof. Roberto Belisário, da UNICAMP, que discorre sobre o assunto.

     Para os incrédulo e mesmo para quem quer estar "ligado" no quão importante é o estudo da Física, Química e Biologia, vale a pena gastar poucos minutos e dar uma lida no artigo, cujo título é:


  

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mapeamento de células tronco por nanopartículas magnéticas

Nanopartículas magnéticas ajudam a entender funcionamento das células-troncoMuito se fala da utilização da células tronco na regeneração dos tecidos contudo, como elas agem e o que acontecem com elas após as regenerações ainda é um mistério.


"Que elas funcionam nós sabemos que funcionam, mas nós queremos saber exatamente como," declara o professor Said Rabbani, do Instituto de Física (IF) da USP.

Para esclarecer estas dúvidas os pesquisadores da USP estão utilizando um método de marcação magnética, usando nanopartículas em tal processo.

"
Juntando as nanopartículas às células, é possível estudar de forma muito precisa o mecanismo de funcionamento das células, acompanhando o caminho delas antes, durante e após a regeneração."
Deseja saber mais? 



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Criptografia quântica em nuvem

   Com a crescente utilização de nuvens de computação cresce também o medo com relação à segurança dos dados. Mas criar um meio totalmente seguro de enviar e receber dados já não está tão longe.

   Com a utilização da Física, cientistas conseguiram combinar o poder da computação quântica com a segurança da criptografia quântica.

   Com isso, criar nuvens computacionais totalmente seguras passa a ser uma possibilidade.

   A grande diferença desse sistema consiste no fato de que, pela computação quântica, os dados enviados pela nuvem são impossíveis de serem analisados uma vez que sem o conhecimento do estado inicial dos dados, eles passam a ser totalmente incompreensíveis. Assim, eles trafegam com total segurança.

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Física quântica garante computação em nuvem totalmente segura