quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eis que surge uma nova luz - os super fótons

     Nem todos sabem mas os estados da matéria não são apenas sólido, líquido e gasoso... Entre os estados da matéria, têmos também o chamado "condensado de Bose-Einstein", que é atingido com átomos super resfriados de um gás.


     Devido à dificuldade de ser atingido e pelo fato da necessidade de temperaturas extremamente baixas, próximas do zero absoluto (-273 °C), os cientistas acreditavam que os fótons, pequenos pacotes que compõem a luz, nunca pudessem ser colocados neste estado por parecer ser impossível resfriar a luz e, ao mesmo tempo, condensá-la. Agora, eles conseguiram atingir este estado criando um novo tipo de luz, criando o que chamaram de "super fótons", através da refrigeração de fótons em estado de gotas.
     A experiência é muito importante e considerada um marco na Física, já que nela está comprovada novamente a capacidade dos fótons, assim como todas as outras partículas, de se comportar não só como onda, mas também como partícula.

Fonte: hype Science

domingo, 21 de novembro de 2010

Eis que surge a anti-matéria

Diagrama mostra a região onde o anti-hidrogénio é sintetizado e aprisionado no ALPHA (Clique para aumentar | Imagem: Nature)Físicos do CERN tiveram anti-matéria nas mãos

Físicos do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN) conseguiram, pela primeira vez, aprisionar anti-matéria, embora apenas durante um décimo de segundo. A equipa internacional que trabalha na experiência ALPHA capturou 38 átomos de anti-hidrogénio e, embora tenha sido por muito pouco tempo, foi o suficiente para poderem ser estudados e haver uma melhor compreensão sobre a origem do Universo.

A existência de anti-matéria foi prevista em 1931 pelo físico inglês Paul Dirac. Trata-se de uma matéria “espelho” daquela que é conhecida no Universo. As antipartículas são idênticas às partículas que lhes correspondem, mas têm uma carga eléctrica inversa. A anti-matéria anula-se ao entrar em contacto com matéria, pelo que é quase impossível observá-la.

Já em 1995, físicos do CERN conseguiram produzir anti-matéria, mas esta desapareceu de imediato, pelo que não foi possível estudá-la.

fonte: Artigo publicado no Ciência Hoje - 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vamos minerar na Lua???

Colisão indica que cratera na Lua tem água e prata

     É incrível como há muito o que se descobrir no Unirveso. Até mesmo a Lua, nosso tão formoso satélite, vive nos surpreendendo.
     É comum nos filmes de ficção científica vermos naves de exploração mineral, campos de mineração na Lua e em outros astros do Universo. Quando será o dia em que isso deixará de ser ficção e se tornará realidade?

     Ao que diz respeito à Lua, pelo menos já podemos dizer que "descobrimos minério"...


     Em outubro de 2009 foi lançada uma missão lunar, a Lunar CRater Observing and Sensing Satellite (LCROSS),  com o objetivo de analisar fragmentos de uma cratera da Lua. Em tal missão, um foguete foi lançado para colidir com a Lua em uma determinada cratera e, assim, levantar poeira e fragmentos sólidos pra análise do que poderia existir em camadas mais profundas da superfície da Lua.
     O resultado, publicado na Revista Science de 22/10, mostra que foi descoberto não apenas água, mas também  diversos outros compostos, como monóxido de carbono, dióxido de carbono, hidroxila, amônia, sódio e até mesmo prata.
     O impacto do foguete produziu um buraco com cerca de 25 metros de diâmetro e lançou material desde 1,80 metro de profundidade. A nuvem de detritos gerada pela colisão chegou a cerca de 800 metros acima da superfície da cratera, ejetando quase 2 toneladas de material e sendo o suficiente para atingir a luz solar.

     Esses resultados, segundo Schultz, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, é importante para nos trazer respostas sobre a formação dos planetas e demais corpos do nosso sistema solar. Segundo Schultz,  “trata-se de um arquivo de bilhões de anos, preso em crateras em sombras permanentes. Pode haver ali pistas para a história da Lua, da Terra, do Sistema Solar e de nossa galáxia. E está tudo ali, implorando para que voltemos”...

   Fonte: Agência FAPESP - 22/10/2010
  

sábado, 23 de outubro de 2010

Descoberta a galáxia mais distante de nós


O objeto astronômico mais distante da Terra de que se tem conhecimento acaba de ser descoberto. Distante e antigo, pois a luz identificada pelo estudo foi emitida por uma galáxia há mais de 13 bilhões de anos, quando o Universo contava com apenas 600 milhões de anos.
A galáxia UDFy-38135539 foi identificada a partir de observações com o Very Large Telescope (VLT), do European Southern Observatory (ESO), instalado em Cerro Paranal, no Chile. O estudo foi publicado na edição desta quinta-feira (21/10) da revista Nature



Além de ser o objeto mais antigo já descoberto, a galáxia UDFy-38135539 é de grande interesse para a ciência por ser uma emissão da “era da reionização”, período na infância do Universo quando a radiação das primeiras galáxias ionizou o gás em sua volta alterando seu estado físico.
Segundo os autores do estudo, à medida que mais galáxias dessa era forem descobertas, será possível entender melhor a natureza das forças responsáveis por esse importante processo na evolução do Universo.
Estima-se que a reionização tenha terminado 1 bilhão de anos após o Big Bang. O processo encheu o Universo com uma espécie de névoa de hidrogênio, o que dificulta a observação de objetos com a idade da UDFy-38135539.

Fonte: Revista FAPESP

domingo, 17 de outubro de 2010

Movendo objetos com a luz!!!

      Apenas com o uso de um feixe laser especialmente criado para a pesquisa, cientistas conseguiram mover uma pequena partícula por uma distância de 1,5 metros, algo nunca antes conseguido.
     A experiência foi realizada pela equipe do Centro de Física a Lase da Universidade da Austrália, usando como partículas microesferas com diâmetros de 60 a 100 micrometros, ou seja, esferas com diâmetro 10 vezes menor que um milímetro.
     Por muitos anos tentava-se esse tipo de movimentação, mas sempre sem êxito. A manipulação óptica de partículas por grandes distâncias pode ter muitas aplicações, como por exemplo permitir que se realize o transporte de substâncias perigosas sem a necessidade do toque.
     A técnica utilizada  não funciona no vácuo, o que restringe seu uso apenas na Terra, mas já é cogitada na utilização de montagens de micro máquinas e componentes eletrônicos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Gliese 581g - O novo planeta que pode abrigar vida!!!



     Pesquisadores da Univesidade Santa Cruz da Califórnia (UC) e do Carnegie Institution of Washington anunciaram a descoberta de m planeta com cerca de 3 vezes a massa da Terra.
     O que chama a atenção na descoberta anunciada é que este planeta, entre os mais de 490 já descobertos fora do Sistema Solar, é o que possui a maior semelhança com a Terra, sendo assim considerado o mais propício à existência de vida na forma como a conhecemos.


     A descoberta é o resultado de mais de uma década de observação usando o W. M. Keck Observatory no Havaí, um dos maiores telescópios ópticos do mundo.
     De acordo com os pesquisadores, a distância que o Gliese 581g (nome com o qual foi batizado) se encontra de sua estrela, a Gliese 581 (uma anã vermelha), permite que em sua superfície exista água líquida. Além do mais, a massa do Gliese 581g, cerca de 3 a 4 vezes a massa da Terra, indica que o planeta seja rochoso, sendo assim possível de sustentar uma atmosfera.
     Publicada no Astrophysical Journal, esta descoberta é, como mencionado, fruto de um trabalho de 12 anos de Steven Vogt, professor de astronomia e astrofísica da UC Santa Cruz e de Paul Butler, do Carnegie Institution.
  
     Outro dado que impressiona é a proximidade deste planeta com a Terra, apenas 20 anos-luz. Levando em conta que só a nossa galáxia, a Via Lácta, possui um diâmetro médio de 100 mil anos luz, é como se este planeta fosse um "vizinho" de rua.

Gliese 581 System
Compararação do sistema Gliese 581 com o nosso Sistema Solar
Imagem: National Science Foundation/Zina Deretsky


artist's conception
Concepção artística mostrando os 4 planetas do sistema  Gliese 581. O maior planeta é o recém descoberto Gliese 581g, que possui um período orbital de 37 dias e um diâmetro cerca de 20% a 40% maior que o diâmetro da Terra.
Imagem: Lynette Cook

Fontes:
- NASA
University of California (UC) Santa Cruz
Carnegie Institution
http://arxiv.org/

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Higroeletricidade - a eletricidade do ar


     Um cientista brasileiro, o Professor Fernando Galembeck, anuncia a descoberta da higroeletricidade, a eletricidade da umidade, que poderá permitir que casas e fábricas sejam alimentadas com eletricidade coletada diretamente do ar.     A descoberta foi apresentada no dia 25/08/2010, durante a reunião da American Chemical Society (ACS), em Boston, nos Estados Unidos.
     A descoberta do professor Galembeck parece resolver um enigma científico que já dura séculos: como a eletricidade é produzida e descarregada na atmosfera.
     Os cientistas sempre consideraram que as gotas de água na atmosfera são eletricamente neutras, e permanecem assim mesmo depois de entrar em contato com as cargas elétricas nas partículas de poeira e em gotículas de outros líquidos.
     Mas o professor Fernando Galembeck e sua equipe descobriram que a água na atmosfera adquire sim uma carga elétrica.
     No futuro, segundo Galembeck, poderá ser possível desenvolver coletores - similares às células solares que coletam a luz solar para produzir eletricidade - para capturar a higroeletricidade e permitir seu uso em residências e empresas.

   Quer saber mais? Leia a notícia no site Inovação Tecnológica

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Descoberto o primeiro sistema planetário


     Um sistema planetário nada mais é do que mais de um planeta orbitando a mesma estrela, como ocorre em nosso Sistema Solar. Até hoje, vários outros planetas já haviam sido descobertos, mas nunca mais de um orbitando a mesma estrela.     Nesta quinta-feira (26/8) isso mudou já que um grupo de cientistas que a partir de dados obtidos pelo observatório espacial Kepler, da Nasa, descobriu dois planetas semelhantes a Saturno e além do Sistema Solar. O estudo foi publicado na revista Science.
     Os planetas foram chamados de Kepler-9b e Kepler-9c por Matthew Holman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, e colegas, que analisaram sete meses de dados colhidos pelo Kepler, com observação de mais de 156 mil estrelas.
     Levando em conta suas características gravitacionais e velocidade radial, os autores do estudo sugerem que os dois planetas são corpos de grande massa em órbita de sua estrela, denominada Kepler-9.




     Maiores informações podem ser obtidas no artigo origina
Kepler-9: A System of Multiple Planets Transiting a Sun-Like Star, Confirmed by Timing Variations(doi:10.1126/science.1195778), de Matthew Holman e outros, pode ser lido por assinantes da Science emwww.scienceexpress.org


Fonte: Agência FAPESP - 30/8/2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Fronteiras da Ciência

O UK-Brazil Frontiers of Science Symposium será aberto nesta sexta-feira (27/8), às 18 horas, em Itatiba (SP). Os debates terão início no sábado, às 8h15. O encontro é aberto apenas aos pesquisadores convidados, mas será transmitido pela internet.


Os debates se concentrarão em nove temas: “Biocombustíveis”, “Plasticidade cerebral”, “Sistema da Terra profunda”, “Modelagem matemática de populações e doenças”, “Formação e evolução do planeta”, “Mudança climática e desenvolvimento de plantas”, “Emaranhamento quântico”, “Regulação de metabolismo energético” e “Jornalismo científico”.


Mais informações: www.fapesp.br/frontiersofscience 


Fonte: Agência FAPESP - 7/8/2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Jogue, aprenda e ainda concorra a prêmios e viagens


     O CMDMC - Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, formado pelas Universidades UNESP, UFSCar, USP, com apoio do Ipen, da FAPESP e da Ciência Hoje lançaram na Internet um jogo educativo, chamado "Ludo Educativo".
     O objetivo do jogo é o aluno, respondendo perguntas das áreas de Química, Física, Biologia e Matemática, ir acumulando pontos. Os melhores colocados recebem prêmios e o vencedor, uma viagem.
     A premiação é feita aos 5 melhores colocados das escolas públicas e aos 5 melhores das escolas particulares.


     Para quem deseja aprender, nada melhor do que uma pequena disputa de conhecimentos. E de brinde ter a chance de ganhar uma viagem!!!!


    Quer participar? É por aqui!!!

sábado, 14 de agosto de 2010

Um raro pulsar é descoberto pelo projeto Einstein@Home


     O Einstein@Home, um projeto de computação distribuída que conta com voluntários de cerca de 200 países, descobriu um pulsar raro isolado com um campo magnético muito pequeno. 


Pulsares são estrelas de nêutrons muito densas que emitem pulsos de radiação eletromagnética






     A descoberta foi publicada nesta sexta-feira (13/8) na edição on-line da revista Science.


     O novo pulsar dá 41 voltas em torno dele mesmo a cada segundo. Está localizado na Via Láctea, a 17 anos-luz da Terra, na constelação Vulpecula (Raposa).




     Fique sabendo mais sobre o projeto Einstein@Home e sobre o novo pulsar no artigo publicado na Agência Fapesp.

sábado, 7 de agosto de 2010

Tsunami solar

     O Sol, como os vulcões, sofre explosões a que damos o nome de Erupções Solares. Essas erupções geralmente alternam entre valores maiores e menores. Mas por um grande tempo nossa estrela esteve em um período de calmaria.
     Agora, no dia 1° de agosto, a face do Sol voltada para a Terra entrou em uma grande erupção. Essas erupções geram o que chamamos de rajadas, através dos ventos solares. Dois dias depois de emitidas, essas rajadas atingem a Terra.
     A sonda Dynamics Observatory (SDO) da NASA captou esses fortes ventos solares, que, por sua intensidade, podemos chamar de Tsunami Solar.
     Quando a ejeção atingiu a Terra, após se deslocar com velocidade de mais de  mil quilômetros por segundo, o impacto provocou uma tempestade geomagnética que durou quase 12 horas, tempo suficiente para formar auroras sobre a Europa e a América do Norte.


Aurora boreal no Alasca


Você sabe o que é uma aurora? 

Elas são fenômenos óticos que surgem no céu de regiões polares. 

Milhares de pessoas viajam centenas de quilômetros só para ver este maravilhoso fenômeno.

Veja o vídeo abaixo.


Quer saber como a Aurora Boreal se forma, veja este link...

     Entender e principalmente monitorar as atividades solares é de extrema importância. As rajadas solares e, consequentemente os ventos solares, podem interferir em sistemas eletrônicos de comunicação.
     O Sol passa por ciclos de atividade regular que duram aproximadamente 11 anos. O mais recente momento de atividade máxima ocorreu em 2001 e ejeções como a registrada agora são os primeiros sinais de que o Sol está “acordando” de um período de calma. Os cientistas calculam que a próxima máxima ocorrerá em 2013.

     Assista ao vídeo das rajadas solares feito pela NASA!



Fonte: Agência FAPESP - 6/8/2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Atividades de recuperação 1° e 2° Bimestres de 2010

     Para aqueles que necessitaram realizar as atividades de recuperação, tanto de Física quanto de GMF, estou disponibilizando abaixo, em pdf, o que deverá ser feito.
     Lembrem que, por estar em pdf, para abrir as atividades é necessário ter instalado no computador o Acrobat Reader.

     Quaisquer dúvidas sobre as atividades podem ser tiradas em sala de aula.

1° Ano do Ensino Médio
   - Atividade para o 1° Bimestre
   - Atividade para o 2° Bimestre


3° Ano do Ensino Médio

domingo, 25 de julho de 2010

Cientistas divulgam a descoberta da maior estrela até hoje - R136a1e

     Identificada como o centro de um aglomerado de estrelas na Nebulosa da Tarântula, uma expansiva nuvem de gás e poeira da Grande Nuvem de Magalhães, galáxia que fica a cerca de 165 mil anos-luz da Via Láctea, a R136a1e, nome como ficou conhecida a nova estrela, é a maior estrela já descoberta até hoje.
     Segundo o observatório europeu que fez a descoberta a R136a1e tem hoje o equivalente a 265 vezes a massa do Sol, mas cientistas calculam que na época de seu nascimento esse número pode ter chegado a 320 vezes.
     “Ao contrário dos humanos, estas estrelas nascem pesadas e perdem peso ao envelhecerem”, disse o cientista Crowther. “A R136a1 já está na meia-idade e passou por um intenso programa de perda de peso”. De acordo com ele, a estrela queima com tal intensidade que seu brilho é quase 10 milhões de vezes maior do que o do Sol.

Grande Núvem de Magalhães

Fonte: YouTube - uniofsheffield

fonte: Agência Estado

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Computadores independentes

     Há décadas os computadores eletrônicos têm ajudado os cientistas a armazenar, processar e analisar dados. Mas, à medida que uma explosão de novos conhecimentos tem mudado o panorama científico, a tecnologia também está ampliando o poder dos computadores.
     Segundo James Evans e Andrey Rzhetsky, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, o fato é que os computadores estão se tornando cada vez menos dependentes de seus criadores.

     “Com base em abordagens de inteligência artificial, programas de computadores estão se tornando cada vez mais capazes de integrar conhecimento publicado com dados experimentais, de buscar por padrões e relações lógicas e de permitir o surgimento de novas hipóteses com menos intervenção humana”, disseram.
     Segundo eles, novas e poderosas ferramentas computacionais entrarão em cena na próxima década para conduzir experimentos maiores e mais complexos, permitindo um grande avanço em áreas como física, química, biomedicina e ciências sociais.

Fonte: Agência FAPESP
Leia mais: Machine Science (doi: 10.1126/science.1189416), de James Evans e Andrey Rzhetsky

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Novo método de criptografia usa a Física e a Teoria do Caos

     As transações eletrônicas estão cada vez mais presentes em nossas vidas, seja direta ou indiretamente. A necessidade de mantê-las seguras é cada vez maior já que, com o seu aumento, cresce também a ação de hackers em querer obter dados sigilosos.
     Para impedir a ação de crimes virtuais e para manter os dados seguros fazemos o uso, no mundo virtual, de um processo a que chamamos de criptografia. Mas juntamente com o crescimento da criptografia, cresce também as tentativas de quebra. Assim, melhorar os métodos criptográficos deixando-os mais complexos e não "muito lentos" é uma busca constante.

     Com base na teoria do caos, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo sistema de criptografia que, mesmo sendo mais seguro, mantém a velocidade e a operacionalidade dos sistemas tradicionais.
     O novo sistema foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e do Departamento de Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP). O trabalho foi publicado recentemente no International Journal of Modern Physics C.
     Segundo Bruno, um de seus idealizadores, o sistema poderá trazer mais segurança às transações bancárias e ao comércio eletrônico, por exemplo, além de ter aplicações como a codificação de arquivos em notebooks, para evitar problemas em caso de roubo ou furto do equipamento.

Leia mais: Criptografia baseada na teoria do caos

Fonte: Estadão | Agência FAPESP

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Observatório espacial Planck faz o primeiro mapeamento do plano de fundo cósmico


Uma imagem de todo o céu. Parece exagero? Pois é o que o observatório espacial Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), acaba de produzir, pelo menos na visão com que foi concebida a missão.
Segundo a ESA, o mapa – resultado de um ano de imagens obtidas pelo Planck – fornece um novo olhar sobre como as estrelas e as galáxias se formam e amplia o conhecimento a respeito de como o Universo surgiu.
Essa é a primeira varredura de todo o plano de fundo cósmico feita pelo observatório que “enxerga” em microondas. Até o fim da missão, previsto para 2012, estão previstos mais três mapeamentos completos. O Planck foi lançado em maio de 2009.
“É para isso que o Planck foi projetado. Não estamos dando uma resposta, mas abrindo a porta para um Eldorado no qual cientistas podem buscar as pepitas de ouro que levarão a um conhecimento muito mais aprofundado de como o Universo se tornou o que é e como ele funciona atualmente”, disse David Southwood, diretor de exploração robótica e científica da ESA.
“A imagem que estamos divulgando agora tem uma qualidade notável e representa um tributo para os engenheiros que construíram e operam o Planck. Agora, é a hora de começar a colheita científica”, enfatizou.
Das partes mais próximas da Via Láctea aos mais distantes alcances do espaço e do tempo, a imagem do céu completo feita pelo observatório é, segundo Southwood, um tesouro extraordinário de dados para os astrônomos.
O disco principal da Via Láctea se estende no centro da imagem, envolto por correntes de poeira fria. Essa espécie de teia é onde novas estrelas estão sendo formadas e o Planck encontrou muitas áreas em que estrelas individuais estão prestes a nascer ou no início de suas existências.
As bordas ao alto e no rodapé da imagem mostram a radiação cósmica de fundo em microondas (RCFM). Trata-se da mais antiga luz no Universo, que representa os vestígios do Big Bang, há mais de 13 bilhões de anos.
Enquanto a Via Láctea exibe a aparência atual do Universo, essas microondas indicam como ele se parecia perto do momento de sua criação, antes de surgirem as galáxias e as estrelas. E é aí que está o cerne da missão Planck: ajudar a explicar o que ocorreu no Universo primordial a partir do estudo desse plano de fundo.
A RCFM cobre todo o céu, mas a maior parte – do ponto de vista da Terra – é escondida por conta da emissão de luz da Via Láctea. Por conta disso, os cientistas da missão vão remover digitalmente os dados da galáxia de modo a exibir o fundo de microondas na sua totalidade.
Quando isso estiver pronto, o Planck revelará a mais precisa imagem desse plano de fundo já obtida. A dúvida para os astrônomos é se os dados revelarão a assinatura cósmica do período primordial conhecido como inflação cósmica – conforme teorizado em 1981 pelo cosmologista norte-americano Alan Guth.
Segundo Guth, esse período teria ocorrido pouco após o Big Bang e resultado em um enorme crescimento exponencial do Universo em um espaço de tempo relativamente curto.

Mais informações: www.esa.int/planck
Fonte: Agência FAPESP

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Estrelas anciãs e a infância da Via Láctea

Segundo um grupo de pesquisadores de instituições da Alemanha, Holanda e Reino Unido, muitas das estrelas mais antigas da Via Láctea são remanescentes de outras galáxias menores que foram dilaceradas por colisões violentas há cerca de 5 bilhões de anos.


Essas estrelas anciãs seriam quase tão antigas como o próprio Universo. O estudo concluiu que as estrelas mais antigas na galáxia, encontradas atualmente em um halo de detritos em torno dela, foram arrancadas de sistemas menores pela força gravitacional gerada pela colisão entre galáxias.


Os cientistas estimam que o Universo inicial era cheio de pequenas galáxias que tiveram existências curtas e violentas. Esses sistemas colidiram entre eles deixando detritos que eventualmente acabaram nas galáxias existentes atualmente.


Uma em cada centena de estrelas na Via Láctea faz parte do halo estelar, que é muito mais extenso do que o mais familiar disco em espiral da galáxia.


Leia mais
Artigo Original: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society


Fonte: Agência FAPESP - 30/6/2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mistério Marciano

Um mistério de quase 40 anos em Marte acaba de ser resolvido. Cientistas conseguiram reconstruir a formação de duas características inusitadas no polo norte do planeta: uma série de espirais e um abismo maior do que o Grand Canyon.

Na Terra, os mantos são formados principalmente pelo fluxo de gelo, mas em Marte, segundo a nova pesquisa, outras forças têm moldado as calotas. A calota ao norte é uma pilha de gelo e camadas de poeira com até 3 quilômetros de profundidade, que cobre uma área maior do que a do Estado de Minas Gerais.
Ao analisar em computador os dados de radar colhidos pela sonda, os pesquisadores puderam, como se estivessem retirando as camadas de uma cebola, verificar como a cobertura de gelo evoluiu com o tempo.

Uma das partes mais notáveis no polo norte marciano é a Chasma Boreale, uma depressão tão extensa como o Grand Canyon norte-americano, mas mais profundo.
Desde que foi descoberta, em 1972, cientistas estimavam que a depressão teria sido formada a partir do derretimento do fundo do manto de gelo pelo calor vulcânico. Mas o novo estudo indica que tanto a Chasma Boreale como as espirais foram criadas principalmente pela ação de fortes ventos, durante milhões de anos.

Fonte: Agência FAPESP - 27/5/2010


Para saber mais: Fapesp - Revista Nature: parte 1 - parte 2

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Filtro brasileiro permitirá imagens inéditas de galáxias


O telescópio Soar, localizado em Cerro Pachón, no Chile, receberá em julho o Filtro Imageador Sintonizável Brasileiro (BTFI, na sigla em inglês), equipamento cujo desenvolvimento foi coordenado no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).
Ao ser acoplado ao telescópio, o instrumento – que custou cerca de US$ 1 milhão e foi financiado pela FAPESP – permitirá imagear os movimentos relativos internos de galáxias distantes. O consórcio Soar (sigla para Searchable Online Accommodation Resource) também conta com apoio financeiro da FAPESP.

“A astronomia brasileira estabeleceu um programa de instrumentação de nível internacional e está finalizando a construção de mais um equipamento. Quisemos apresentar esses resultados ao diretor científico da FAPESP e ao pró-reitor de Pesquisa da USP a fim de destacar a capacidade do Brasil em produzir instrumentação de ponta”, disse João Steiner,  professor do IAG e coordenador do INCT de Astrofísica.

Fonte: Agência FAPESP - 19/5/2010


Leia mais

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Atividades para a Olimpíada de Astronomia - 2010

Atendendo a pedidos, segue abaixo o arquivo da apresentação para a Olimpíada de Astronomia de 2010

 - Apresentação em PowerPoint: link

 - Programa Stellarium: link

Vale ressaltar que, aqui mesmo no blog (veja na coluna à direita) há um minicurso de introdução à Astronomia.

Abraços e boa Olimpíada a todos!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Produzindo estrelas

Lançado em maio de 2009 Herschel, o maior telescópio astronômico já posicionado no espaço, da Agência Espacial Europeia (ESA) já revela detalhes até então desconhecidos do processo de formação de uma estrela.

As imagens divulgadas pela agência mostram milhares de galáxias distantes furiosamente produzindo estrelas, com nuvens resultantes do processo que cobrem grande extensão na Via Láctea.
De acordo com a ESA, os resultados da observação desafiam ideias atuais a respeito da formação de estrelas e abrem novos caminhos para futuras pesquisas.
A observação feita pelo Herschel da nuvem de formação de estrelas denominada de RCW 120 revelou uma estrela em estado embrionário que parece destinada a se tornar uma das maiores e mais brilhantes estrelas na Via Láctea nas próximas centenas de milhares de anos, segundo a agência europeia.
Apesar de estar se formando, a estrela já tem de oito a dez vezes a massa do Sol. Em sua volta, há o equivalente a mais de 2 mil massas do Sol na forma de gás e poeira que poderão servir para alimentar a estrela, aumentando exponencialmente a sua massa.
“Essa estrela somente poderá crescer”, disse Annie Zavagno, do Laboratório de Astrofísica de Marselha, na França, um dos autores do estudo. Ela explica que estrelas massivas são raras e vivem pouco e que capturar a imagem de uma delas representa uma oportunidade valiosa para resolver um antigo paradoxo na astronomia.
“De acordo com nossa compreensão atual, não deveria ser possível a formação de estrelas com massa maior do que oito vezes a do Sol”, disse. O motivo é que a luz furiosa emitida por tais estrelas gigantescas deveria explodir suas nuvens de nascimento antes que mais massa pudesse ser acumulada.
Mas, de algum modo, isso ocorre. Muitas dessas estrelas “improváveis” são conhecidas, algumas contendo até 150 vezes a massa do Sol. Mas, agora que o Herschel observou uma pouco depois de seu nascimento, os cientistas podem usar os dados obtidos para investigar como isso desafia suas teorias.

Fonte: Agência FAPESP
Mais informações: www.esa.int/SPECIALS/Herschel/index.html

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Água em asteróide pode corroborar teoria de vida na Terra

Evidência de água e de compostos orgânicos acabam de ser detectados na superfície do asteroide 24 Themis, que tem cerca de 200 quilômetros de diâmetro e se encontra entre Marte e Júpiter.


Os cientistas também detectaram material orgânico, o que fortalece a teoria de que asteroides podem ter sido os responsáveis por trazer água e compostos orgânicos à Terra. Os dois grupos de pesquisadores usaram o telescópio de infravermelho da Nasa instalado em Mauna Kea, no Havaí.


“Os compostos orgânicos que detectamos aparentam ser cadeias extensas e complexas de moléculas. Ao caírem sobre a Terra estéril em meteoritos, essas moléculas podem ter servido como um grande pontapé inicial no desenvolvimento da vida no planeta”, disse Josh Emery, da Universidade do Tennessee, autor de um dos artigos.


Emery destaca que encontrar gelo na superfície do 24 Themis é uma surpresa, por ela não ser fria o suficiente para que o gelo possa permanecer ali por muito tempo. “Isso implica que gelo é abundante no interior desse asteroide e talvez em muitos outros. O gelo em asteroides pode ser a resposta para o enigma de onde veio a água da Terra”, disse.


Saiba mais lendo o artigo completo:

Água em asteroide


Fonte: Agência  FAPESP - 29/4/2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Em apenas 2 dias dados do LHC já entram para a história - A pré história do Universo

Os cientistas do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) descobriram através do acelerador de partículas uma partícula que caracterizam de «pré-histórica». Foram precisos apenas dois dias a estudar as colisões a sete teraelectrões-volt (TeV), para que dois físicos chegassem a uma conclusão surpreendente.



Alain Grand e Ricarda Owen encontraramevidências de uma nova e massiva partícula neutral, que se pensa ter existido no início do Universo. Os cientistas ainda se encontram em choque com a descoberta desta partícula, constituída por três quarks (um dos elementos que compõem a matéria), dois do tipo strange e um do tipo top. Os físicos apelidaram a partícula de neutrinosaurusdevido ao aspecto repugnante e origens pré-históricas.
Já tinham sido vislumbradas pistas acerca desta partícula, no entanto, as estatísticas não eram suficientes para serem confirmadas. Apenas com a observação de quatro eventos no LHC foi possível a confirmação da descoberta.
«Uma consequência importante é que todas as partículas que hoje conhecemos devem ter tido um gémeo pré-histórico», afirmou Ricarda Owen, sendo que o protão deve descender do protonosaurus, assim como o electrão do electronosaurus e por aí adiante.
A investigação dos físicos concentra-se agora em averiguar a existência de duplos de antimatéria das paleopartículas, sendo que a antimatéria é composta por antipartículas da mesma maneira que matéria normal está composta por partículas.
«Se existirem, esperamos que sejam exactamente o oposto das paleopartículas, ou seja, extremamente elegantes», concluiu Alain Grand.

Fonte: IOL diário 01/04/2010

terça-feira, 30 de março de 2010

Recriando o Universo


     Os cientistas do CERN tentam hoje, pela segunda vez, recriar as condições existentes segundos depois do Big Bang, que ocorreu a 13,7 bilhões de anos atrás e que deu origem ao nosso universo.
     Na primeira tentativa, não bem sucedida, o LHC (Grande Colisor de Hádrons) acabou danificando-se. Depois de reformado eles tentam agora repetir o experimento.
     Dois feixes de 1 bilhão de prótons cada serão acelerados a uma velocidade muito próxima à velocidade da luz e percorrerão o túnel circular do LHC de modo que, em um dado momento, partículas irão se chocar.
     Essa iniciativa já conta com mais de 20 anos de pesquisa e cerca de 80 mil pesquisadores de 80 países. O custo desta experiência já passou dos 24 bilhões de reais. Após a colisão espera-se obter dados suficientes para vários anos de pesquisa e interpretação.

     Fonte: Estadão.com.br
               30/03/2010

domingo, 21 de março de 2010

Trabalho de Geometria - 1° Bimestre de 2010

Segue abaixo o link para o trabalho que deverá ser entregue no primeiro bimestre até a data da prova.

Qualquer dúvida estou a disposição. É só me mandar a dúvida aqui por comentário ou na aula.

Trabalho do 1° Bimestre de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Seno, cosseno........ Eita, pra que isso?

Estas funções trigonométricas nasceram do estudo dos triângulos. Os gregos notaram que o triângulo retângulo tinha algumas características interessantes, como, por exemplo, para triângulos semelhantes, o valor do cateto oposto sobre a hipotenusa para o mesmo ângulo dava sempre o mesmo valor. Passaram a chamar este valor de seno. O cosseno é a razão (divisão) do cateto adjacente pela hipotenusa.

Estas relações podem ser colocadas em um círculo de raio 1, o círculo trigonométrico. Para qualquer ponto sobre a circunferência deste círculo, há um ângulo entre a linha que une este ponto com o centro do círculo, e a projeção, a "sombra" deste ponto sobre os eixos coordenados (x e y) sempre determina triângulos retângulos. Com isto as relações de seno e cosseno passam a ser encontradas também no círculo. E aparece também a noção de tangente, como a extensão da linha que une o ponto ao centro, até tocar uma linha paralela ao eixo coordenado vertical, mas apenas tangenciando o círculo.

Para que servem estas funções?

Se você vai ser gari, não servem para nada. Agora se você for trabalhar com engenharia, principalmente engenharia elétrica, estas funções são o coração da matemática que você vai usar. Se você for um físico, estas funções também são imprescindíveis.

O mais interessante é o que os matemáticos fizeram com estas funções, eles definiram os números imaginários com elas. E também um monte de funções importantes. Com isto, o seno e o cosseno deixam de ter significado como entidades geométricas, e passam a ser uma abstração, algo que pode ser utilizado para representar funções periódicas, por exemplo, ou para calcular funções transcedentais. E é aí que estas funções são fundamentais para engenheiros e principalmente para físicos.

O seno, cosseno e tangente são apenas o primeiro degrau para quem vai usar a matemática como ferramenta no seu dia-a-dia.



fonte: Texto retirado de uma postagem de 2008 no yahoo.
          Autor: Cesar G

domingo, 14 de março de 2010

Mini Curso de Astronomia - Parte 2

ESTRUTURA DO SISTEMA SOLAR



Antes de se chegar ao modelo aceito atualmente para o Sistema Solar, muitos outros foram idealizados para tentar reproduzir o movimentos dos astros. Entre eles, os mais aceitos foram:

(a) Sistema Geocêntrico

O modelo que predominou por mais tempo foi o Sistema Geocêntrico, com a Terra ocupando o centro do Universo, e tudo o mais girando ao seu redor. Esse sistema foi idealizado por Ptolomeu no século II d.C. a partir da observação do movimento diário dos astros, e este modelo foi usado até o século XVI. Admitindo-se que, quanto mais distante da Terra estivesse o astro, mais tempo levaria para dar uma volta em torno dela, estabeleceu-se a seguinte ordem de colocação: Terra, Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. As estrelas estariam englobando tudo.
Sistema Geocêntrico proposto por Ptolomeu no séc. II d. C.

Apesar de razoável, esse modelo apresentava alguns inconvenientes: na época acreditava-se que o céu era um local perfeito, e portanto os astros deveriam realizar movimentos perfeitos. No entanto, entre as estrelas fixas, as quais realmente realizavam movimentos bastante uniformes, encontravam-se 7 astros que fugiam completamente dessa regra: eram os chamados Astros Errantes (planetas). Neste caso, o Sol e a Lua também eram chamados de planetas.


Os movimentos dos planetas se mostravam complicados, mas todos com a mesma característica de estarem sempre próximos à eclíptica. Mercúrio e Vênus (também denominados planetas inferiores) se caracterizam por oscilarem em torno do Sol, como se este definisse uma posição média. A máxima distância angular entre o Sol e o planeta, é aproximadamente de 41° para Vênus e 25° para Mercúrio. Por esta razão estes planetas são visíveis somente pouco antes do amanhecer, ou instantes após o pôr do Sol.

Como o sistema geocêntrico não explicava os movimentos dos planetas com relação às estrelas fixas, no século IV a.C. Heráclides propôs um sistema misto. A Terra estaria no centro do Universo, mas Mercúrio e Vênus, que nunca eram vistos muito distantes do Sol, girariam em torno deste.
Sistema Geocêntrico proposto por Heráclides (Fig.2.2 - Boczko, 1991)

(b) Sistema Geocêntrico com Epiciclos

À medida que os métodos e os instrumentos de observação astronômica ficavam mais refinados, as posições observadas se diferenciavam cada vez mais das posições previstas pelos modelos adotados.
Para amenizar o problema, adotou-se um modelo geocêntrico que inclui epiciclos. O planeta giraria em torno de um ponto abstrato que por sua vez giraria em torno da Terra.
Sistema geocêntrico com epiciclos (Fig. 2.3, Boczko 1991)

Apesar de reproduzir com boa precisão as posições observadas, o método tinha a desvantagem de ser bastante complexo para a época. À medida que se conseguiam novas observações, mais e mais discrepâncias iam sendo constatadas na teoria de Ptolomeu. A tentativa de explicar as numerosas discrepâncias através de outro modelo, que não fosse o geocêntrico, sempre esbarrou em conflitos com a Igreja. Assim, a cada irregularidade observada, acrescentava-se artificialmente mais e mais epiciclos, deferentes, etc.


(c) Sistema Heliocêntrico

No século XVI, o polonês Copérnico (1473-1543) procurou uma maneira de simplificar essa representação, e propôs o sistema heliocêntrico, isto é, o Sol passaria a ocupar a posição de centro do mundo, e a Terra seria apenas mais um dos planetas que giravam em torno do Sol. 


Essa idéia não era absolutamente original, considerando que já havia sido apresentada anteriormente por Aristarco e por Nicolau de Cusa. Mesmo no antigo Egito, por volta do século XIV a.C., Amenófis IV propôs o Sol no centro do mundo, mas nesse caso o motivo parece ter sido unicamente religioso, sem nenhum fundamento científico. Copérnico teria sido o primeiro a dar uma forma científica ao sistema heliocêntrico.
Com o Sistema Heliocêntrico, o movimento aparentemente desorganizado dos planetas pode ser explicado como sendo resultado de uma simples soma vetorial de velocidades. Também nesse sistema, o movimento dos planetas era suposto circular e uniforme, como convinha (conforme os dogmas da época ) a qualquer movimento perfeito.
A ordem dos planetas em torno do Sol foi estabelecida da mesma forma como no caso geocêntrico: quanto maior o período da órbita, mais distante o planeta deveria estar do Sol.

Sistema Heliocêntrico, proposto por Copérnico



domingo, 7 de março de 2010

Mini Curso de Astronomia

Estou iniciando hoje as postagens do que estou chamando de 


Mini Curso de Astronomia

Nesta postagem estarei colocando os links para os "Capítulos" e também para diversos sites e programas que serão úteis nesta aprendizagem.
Este curso tem o objetivo de introduzir conceitos básicos sobre o assunto, principalmente para meus alunos e outros que desejam conhecer e que vão participar da Olimpíada de Astronomia!

Qualquer dúvida estou a disposição.

Mini Curso de Astronomia - Parte 1



A MECÂNICA DO SISTEMA SOLAR







     



A Astronomia divide-se básicamente em duas linhas de estudo: a Astrofísica e a Astrometria e Dinâmica Celeste.



Na Astrofísica procuramos identificar o tipo de radiação e buscamos quantificá-la para caracterizar os objetos em função de suas condições físicas. Por outro lado, na Astrometria e Dinâmica Celeste procura-se conhecer a posição e o movimento dos objetos avaliando a direção de onde provém a radiação.


Iniciaremos este pequeno curso com o estudo das leis que regem a mecânica do sistema solar, apresentando inicialmente a evolução dos conceitos a respeito da estrutura do nosso sistema planetário.






segunda-feira, 1 de março de 2010

a Física que transforma vidas


     Com sucata, alguns livros amarelados de Física e muita, mas muita força de vontade, um garoto transforma a vida de inúmeras pessoas em uma vila no Malau.



(Foto: Ted)



William Kamkwamba, 22 anos, estudante











Sucata, uma bicicleta enferrujada, dois livros amarelados de física elementar, peças de um motor achadas em um ferro velho e, acima de tudo, muito esforço e criatividade. Foi esse o material que fez com que a vida de William Kamkwamba, que passava fome na parte rural do Malauí, virasse do avesso.

Sem incentivo, instrução e "nem noção do que era a internet", William confiava na intuição e nas noções básicas de física que recebeu no colégio. Mas até ele se assustou quando as pás se mexeram e, ao juntar dois fios a uma lâmpada, fez-se a luz.

Trivial para a maioria de nós, a literal gambiarra ("Extensão elétrica com uma lâmpada na ponta, que permite o uso da luz em diferentes localizações", segundo o Houaiss) mudou radicalmente a vida da vila, hoje movida por energia eólica, e ainda mais a de seu idealizador.

Aos 22 anos, Kamkwamba já palestrou no Fórum Social Mundial e no TED, o evento de tecnologia que recebe convidados como Bill Gates e Stephen Hawking. E, diga-se de passagem, foi aplaudido de pé por lá.

Leia o texto na íntegra

Fonte: