O próximo lançamento do ônibus espacial Atlantis, previsto para o próximo dia 11, entrará para a história por conta de sua missão: será a última vez que astronautas visitarão o Hubble, que se encontra em órbita há 19 anos.
Serão feitos reparos e instalados instrumentos para permitir o bom funcionamento do telescópio espacial até que ele seja substituído pelo James Webb, que está previsto para entrar em operação a partir de 2013.
O Hubble é resultado de parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa) e europeia (ESA) e está a cerca de 560 quilômetros da Terra, longe dos efeitos da atmosfera que limitam a eficiência dos telescópios terrestres.
Os sete astronautas a bordo da Atlantis deverão ser os últimos a encontrar o instrumento astronômico mais popular na história e que promoveu um impacto singular na astronomia por conta de suas observações.
Essa será a quinta missão de manutenção do telescópio – as outras ocorreram em 1993, 1997, 1999 e 2002. Astronautas realizarão cinco caminhadas no espaço para efetuar os ajustes e a instalação de novos equipamentos.
Os dois principais instrumentos que o Hubble receberá são o Espectrógrafo de Origens Cósmicas (COS, na sigla em inglês) e a Câmera de Campo Amplo 3 (WFC3).
Segundo a ESA, os dois empregam novas tecnologias que permitirão um “grande aumento no potencial do telescópio de ajudar a descobrir e fazer observações da luz efêmera de estrelas e galáxias jovens”.
O COS será usado principalmente no estudo de quasares distantes que passaram por nuvens de gás intergaláctico e galáxias por sua trajetória na história do Universo.
Ao separar a luz de quasares em diferentes comprimentos de onda e estudar quando cada uma delas é absorvida, astrônomos podem determinar a composição química e a localização exata de matéria pelo caminho do quasar. Isso fornece informações tanto da estrutura em larga escala como da evolução da composição química do Universo.
O WFC3 será o primeiro instrumento do Hubble capaz de obter imagens nos comprimentos de luz visível, infravermelha e ultravioleta. Com ele, pesquisadores terão uma importante oportunidade de observar diferentes populações estelares em galáxias distantes e de procurar por água ou gelo em corpos no Sistema Solar.
“Após essa nova missão, o Hubble se tornará um observatório consideravelmente mais poderoso do que jamais foi. E estará devidamente equipado para continuar a cumprir seu papel fundamental na astrofísica observacional na próxima década”, disse Bob Fosbury, chefe da coordenação europeia do Hubble.
Mais informações: http://hubblesite.org
(fonte: Agência FAPESP - 6/5/2009
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